Ladrões de cargas operavam de Paulínia; veja como era o esquema

Na manhã desta sexta-feira (16), a Polícia Federal (PF) iniciou a Operação Baiuca, visando o combate a roubos de cargas e caminhões, além de lavagem de dinheiro, realizados por uma organização criminosa na região de Campinas.

Foram executados 19 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão em locais residenciais e comerciais vinculados ao grupo criminoso, abrangendo as cidades de Campinas, Hortolândia, Limeira e Paulínia.

Também foi determinado o sequestro de bens e valores totalizando R$ 1,7 milhão.

A investigação, liderada por um grupo especializado em crimes de roubo de cargas da Delegacia de Polícia Federal em Campinas, teve início em abril de 2024.

Entre fevereiro de 2023 e dezembro de 2024, foram identificados 22 crimes associados à organização criminosa, ocorrendo em Americana, Campinas, Cosmópolis, Jaguariúna, Limeira, Mogi Mirim, Monte Mor, Paulínia e Sumaré.

A maioria dos crimes (12) ocorreram em Paulínia.

Investigação começou em 2024; chefe é de Paulínia, segundo a Polícia

O grupo era chefiado por um morador de Paulínia, que recrutava e coordenava os criminosos para a prática dos crimes. Ali começava o planejamento dos roubos.

Normalmente, três indivíduos abordavam caminhões em movimento ou em pontos de descanso, rendendo o motorista com armas de fogo ou falsas, mantendo a vítima em cativeiro até que a carga seja transferida e o veículo desviado.

As cargas mais almejadas incluem combustíveis e bebidas. A PF encontrou indícios de que adegas, nas quais alguns dos suspeitos são sócios, eram utilizadas para lavar dinheiro e comercializar as bebidas roubadas.

Os envolvidos enfrentarão acusações de integrar organização criminosa, roubo e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 40 anos de prisão.