
As cuidadoras de crianças com deficiência em Campinas reivindicam um salário justo na prestação de serviço na cidade. Elas são contratadas por uma empresa terceirizada que venceu uma licitação da Prefeitura de Campinas.
A Administração disse que a questão salarial deve ser resolvida com o empregador. Porém, o problema é que a as cuidadoras especiais do município não tem um sindicato próprio para negociar com a empresa.
O Campinas Notícias conversou com Carlos Eduardo Silva, um dos diretores da empresa RM Consultoria e Administração de Mão de Obra, responsável pela contratação das cuidadoras. Ele foi questionado sobre um possível diálogo com as funcionárias.
“Essa acareação não é possível porque as funcionárias precisam de um representante para conversar com a empresa, que seria o sindicato. O sindicato que estabelece os valores e nós seguimos a convenção”, disse.
Essa negociação de acordo coletivo foi realizada em março de 2025 com o Sindicato de empresa terceirizadas, o Sindpress. Como as cuidadoras não tem sindicato próprio e a categoria não está no acordo coletivo, foi levado em conta o piso salarial de R$ 1.699,23 (demais funções) para quem trabalha 44 horas semanais.
No entanto, as cuidadoras de Campinas recebem menos porque trabalham meio período e não período integral, como explica o diretor da empresa terceirizada.
“O nosso contrato foi licitado com menos horas de trabalho. As meninas trabalham 6 horas por dia, ou seja, elas recebem parcialmente. É um contrato intermitente. Então, elas não recebem o piso integral porque elas não trabalham integramente. Elas só trabalham meio período“, detalhou.
Carlos Eduardo diz que a empresa cumpre todas as normas trabalhistas e respeita as convenções coletivas.
“É colocado na matéria que a empresa recebe milhões e repassa um valor irrisório: o valor do funcionário custa R$ 2.341,73 e é repassado R$ 1.100,00. Dentro desse valor integral existe impostos, encargos, tributos sobre nota fiscal. A empresa não está errada. Está tudo dentro da regularidade e foi um contrato público, que passou por uma análise jurídica”, ponderou o diretor.
É infelizmente, a culpa é nossa que trabalhamos. Obrigada pela matéria vamos continuar a procurar uma saída. Nisso intuito não é trazer problema para a empresa e sim uma solução para o nosso problema. Quando entrei na empresa em 2024 a entrevistadora disse que ia para $1,400,00 daí disseram que não iriam aumentar por tinha muitas faltas.🤦🏽♀️ Não entendemos nada.