
Cuidadoras da educação especial fizeram uma manifestação contra as péssimas condições de trabalho em frente à Prefeitura de Campinas, na manhã desta segunda-feira (7).
Elas recebem, atualmente, o salário de R$ 953 e lutam por uma remuneração justa. Segundo o site Glassdoor, a remuneração estimada para um cuidador de alunos com deficiência é de R$ 1.413 por mês. (veja o vídeo abaixo)
O protesto contou com cartazes “não existe educação inclusiva sem incluir as cuidadoras”, “quem cuida de quem?”, “respeite o direto ao piso salarial” e “somos o alicerce da educação inclusiva”.
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Entenda as reivindicações das cuidadoras especiais de Campinas
As mulheres recebem de uma empresa terceirizada, que foi contratada pela Prefeitura de Campinas. Elas trabalham nas escolas do município e são contra a terceirização, que é uma forma de precarização do serviço.
“É um absurdo o descaso do prefeito Dário Saadi com essa categoria e com a educação pública. Seguimos juntos nessa luta. Inclusão se faz com respeito, investimento e valorização de quem cuida”, disparou a vereadora de Campinas Mariana Conti (Psol).
As cuidadoras reivindicam que o prefeito de Campinas Dário Saadi (Republicanos) estabeleça um piso salarial justo para a categoria.
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“Meu total apoio ao ato das cuidadoras de crianças com deficiência da rede de educação de Campinas, que ocuparam o Paço Municipal em busca de dignidade e melhores condições de trabalho. As cuidadoras são pilares da educação inclusiva. Elas garantem a permanência das crianças com deficiência na escola com segurança, respeito e o apoio necessário para seu desenvolvimento”, complementou a vereadora Mariana Conti.
As manifestantes também lutam contra o assédio moral e a vereadora Fernanda Souto (Psol) também participou do protesto em frente à Administração Municipal.
“As cuidadoras são profissionais fundamentais para garantir o acesso à educação pública com qualidade, um direito que deve ser garantido as crianças com deficiência. As profissionais que recebem baixos salários e enfrentam sobrecarga fizeram um importante protesto no Paço Municipal para exigir melhores condições de trabalho e estão denunciando questões graves como assedio moral e perseguição. A Prefeitura tem obrigação de fiscalizar o contrato com a empresa terceira que contrata as profissionais e garantir que as readequações necessárias sejam feitas”, disse a vereadora Fernanda Souto.
Henrique Fernandes, parabéns pela cobertura de um movimento importante para essas trabalhadoras da educação pública de Campinas que são negligenciadas pelo governo Diário.
Agora vai uma crítica construtiva para você que tem uma missão importante na sua profissão: o termo “crianças especiais ” é capacitista, pode substituir por crianças com deficiência.
Muito obrigado pelo comentário, Elisandra. O Campinas Notícias é um canal aberto para a sociedade. Obrigado pela dica sobre o termo! Volte sempre!