Ônibus de Campinas vão parar amanhã, diz Sindicato
Henrique Fernandes 
O Sindicato dos Rodoviários de Campinas informou que haverá protesto em todas as empresa do transporte da cidade nesta quarta-feira (16). A paralisação está marcada para acontecer entre 3h50 e 5h50.
Segundo comunicado, o ato é motivado pelo início do julgamento dos acusados do assassinato do presidente do Sindicato, Nilton Aparecido de Maria, morto em janeiro de 2022. Ele tinha 57 anos.
“Nilton, um trabalhador honesto e líder de uma categoria tão sofrida, foi vítima da ganância pelo poder, e sua morte representa uma perda irreparável para todos nós. A categoria clama por justiça, e este protesto é uma forma de demonstrar nossa indignação e buscar o reconhecimento do valor de sua vida e luta”, diz o trecho da nota.
Presidente do Sindicato dos Rodoviários é assassinado com tiro na nuca em Campinas
Nilton foi assassinado com um tiro na nuca na manhã do dia 26 de janeiro de 2022 dentro de casa, no Núcleo Residencial Gênesis, em Campinas.
Ele saía de carro com a esposa dentro do veículo por volta das 7h, quando um homem saiu de outro carro e mandou eles entrarem na residência. Um tiro fatal na nuca sem nenhuma palavra.
Por que o presidente do Sindicato de Campinas foi assassinado?
O processo se desenrola na Justiça desde então. A motivação do crime teria sido a disputa pela presidência do Sindicato.
Jefferson Cardoso de Oliveira foi apontado pelo Ministério Público (MP) como o autor dos disparos que vitimaram Nilton.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Izael Soares de Almeida, da chapa de oposição, teria planejado o crime com Anderson Francisco Caminoto da Silva, que estava insatisfeito por não ter sido escolhido como presidente.
Com um objetivo em comum, contrataram Jefferson para executar o assassinato, enquanto Paulo Cesar Correa foi o motorista do carro usado na ação. O veículo foi posteriormente incendiado por Maria Cardoso de Sá, mãe de Jefferson, e Danilo Schmidt.
O crime, que custou R$ 5 mil, gerou uma onda de protestos em Campinas e região, com ônibus parados por horas e até dias. No velório de Nilton, o transporte coletivo foi suspenso por quase quatro horas.
