
Av. John Boyd Dunlop. 17/05/2025. Velocidade regulamentada: 50 km/h. Velocidade do motociclista: 91 km/h (Divulgação/Emdec)
O excesso de velocidade e o avanço semafórico somaram quase 72% das infrações de trânsito no primeiro quadrimestre de 2025 em Campinas.
Os dados são da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec). Esses comportamentos de risco estão entre os que mais causam mortes no trânsito.
Ao lado dos números expressivos, os flagrantes registrados pelos radares demonstram a imprudência apresentada por uma parcela dos condutores.
Um deles ‘costura’ entre os carros em cruzamento da rua Plínio Pereira Neves, na região do Piçarrão, antes de avançar o sinal vermelho, colocando condutores e pedestres em risco. (veja no vídeo abaixo)
Na avenida John Boyd Dunlop, na altura do Terminal BRT Satélite Íris, ao avançar o semáforo vermelho acima do limite de velocidade, um motociclista se choca com outra motocicleta que está cumprindo o retorno, causando um sinistro.
São comuns registros de motociclistas que se colocam em risco sobre a moto, em desequilíbrio, para esconder a placa, em pleno corredor exclusivo do BRT.
Também há registros frequentes de veículos, principalmente motocicletas, que ultrapassam a velocidade em mais de 50% do limite permitido.
Nas avenidas John Boyd Dunlop e Ruy Rodriguez, alguns flagrantes do mês de maio indicam motociclistas circulando a velocidades entre 90 e mais de 100 km/h.
As duas vias têm velocidade regulamentada em 50 km/h.
Velocidade e desrespeito à sinalização causaram mais de 40 mortes no trânsito de Campinas
Em 2024, entre 130 casos fatais analisados, 33 mortes estavam relacionadas ao excesso de velocidade. Já o avanço semafórico está associado ao fator de risco desrespeito à sinalização, que causou oito mortes no trânsito no ano passado.
“Sempre reforçamos que menos de 1% dos motoristas que passam pelos radares são multados. Não há indústria da multa, o que há é um esforço do Poder Público para evitar que a imprudência de poucos prejudique muitos, que a imprudência de poucos cause mortes e feridos, marcando para sempre famílias inteiras”, destaca o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.